UMA VERDADE ESQUECIDA
“e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará...se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.32, 36)
Hoje a crise de existencialismo e caráter dos seres humanos só tem uma razão de ser, a ausência de uma verdade absoluta. Da mesma forma o Cristianismo hoje professado por muitos está muito pobre da verdade, porém rico de invencionices, modismos, plágios e crendices.
Muitos estão como Pilatos, que frente a frente com Jesus, perguntou: “o que é a verdade?”, contudo não teve interesse em ouvir a resposta, dando as costas para aquele que é a Verdade. Da mesma forma hoje são muitos que buscam conhecer, não a verdade, mas apenas uma maneira de satisfazer seus desejos egoístas sem se importar com a essência daquilo que Deus pensa para todos os seres humanos e, em especial, para seus filhos, a Igreja.
Mas como ouvirão a Verdade se não há quem pregue? É a pergunta que ecoa desde o berço do nascimento do Cristianismo. Paulo quando escreve a Timóteo alerta que os últimos dias serão “trabalhosos”. Muitos são os “pregadores” de um evangelho no mínimo falsificado, sem compromisso com a verdade, baseado em experiências pessoais, recheado de um triunfalismo à parte de Deus, focado num materialismo desenfreado, humanismo, hedonismo e narcisismo tais que levam seus seguidores a não alcançarem a verdadeira libertação.
Satanás sutilmente tem levantado uma bandeira no meio do arraial do povo santo, através de propagadores de um falso evangelho, com o fim de impedir que muitos cheguem ao pleno conhecimento da verdade para que sejam salvos.
Esta é a principal arma do nosso adversário, falsificar a verdade – lembra da tentação de Adão e Eva? E a tentação a Jesus? Sua arma é a falsa verdade. Jesus disse que ele nunca se firmou na verdade, e fala daquilo que lhe é próprio, a mentira, sendo ele o pai da mentira. A verdade tem sido mascarada com novas doutrinas que tem a finalidade de, supostamente, libertar as pessoas de seus males, sendo que Jesus afirma expressamente que “se pois o filho vos libertar verdadeiramente sereis livres”.
Na verdade esse evangelho que está sendo “vendido” e “pregado” nestes últimos dias não tem o condão de trazer libertação às vidas, mas mascarar as pessoas, enchendo-as de uma fé superficial, um mercantilismo evangélico, um ato de barganha com o Criador, onde se propaga que quanto mais eu “investir” (em termos financeiros) na “obra” de Deus tenho mais possibilidade de alcançar todos meus sonhos e ser feliz (engano). Pedro escreve em 2.3: “e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas;” Jesus falou: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo”.
Os adeptos desse “evangelho” são forjados em uma promessa meramente terrena e quando esse fiel encontra a primeira dificuldade, lá se foi o “liberto” e, então, a velha criatura ressurge. Murmuração, incredulidade, depressão, frustração, acusações contra Deus e por fim uma incredulidade tal que pode levar a apostasia. Tudo isso porque foi ludibriado com falsas promessas.
Milhares de pessoas hoje se “desencantaram” com as pseudo-verdades que ouviram e fecharam seus corações àquilo que é verdadeiro, o genuíno Evangelho, ao qual Paulo declara que é o “poder de Deus para salvação de todo aquele que crê”.
É tempo da verdadeira igreja se levantar com a bandeira do verdadeiro. Deus quer levantar ainda nestes últimos dias uma geração de pregadores compromissados com a verdade, que ensinem as ovelhas sobre o verdadeiro compromisso do Evangelho da Cruz que possui algumas exigências, que apesar de parecerem difíceis de se cumprir mas que redunda em uma vida verdadeiramente vitoriosa na presença de Deus.
A primeira exigência do Evangelho, prescrito por Jesus Cristo, é a renúncia pessoal, uma vida desprovida do eu, onde a vontade de Deus é quem tem que prevalecer e não a minha satisfação pessoal.
Em segundo lugar a observância à inerrante Palavra de Deus, que é a espada do Espírito, com a qual podemos apagar os dardos inflamados do maligno, inclusive seus enganos, suas mentiras, suas falsidades que querem no tirar o propósito real que é o céu.
Uma terceira exigência, tendo como exemplo maior o senhor Jesus, é a oração perseverante, vivendo em uma estreita relação com Deus, através de Cristo, desfrutando de uma intimidade com o Espírito Santo, onde o Apóstolo Tiago expressa a seguinte palavra: “chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós”.
Como quarta exigência temos a comunhão com os santos, a igreja. Comunhão esta que Lucas registra no livro de Atos 2.44: “Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum”. Estar juntos e ter tudo em comum diz respeito a unidade do povo de Deus no falar, nas orações, na doutrina, no vestir, no comer.
Em quinto lugar, o Evangelho exige um novo nascimento, um abandono total das práticas mundanas e impuras, tendo a vida pautada em andar em novidade de vida, uma vida regenerada, santificada, resultado da Verdadeira Palavra.
Uma sexta exigência do Evangelho é a busca em primeiro lugar pelo Reino dos Céus e a sua justiça, aí sim vem a parte em que os falsos propagadores do “evangelho falsificado” inverteram ao buscar em primeiro lugar as coisas da terra, as demais coisas, as bençãos decorrentes da verdade, essas vêm em segundo lugar. Ao buscarmos o Reino dos Céus e a sua justiça, temos a certeza de que teremos as coisas materiais acrescentadas por Deus em nossas vidas.
Como sétima exigência do Evangelho, e não quero aqui estabelecer essa como ultima, mas chamar a atenção do leitor que existem muitas outras, temos a chamada Bendita Esperança. Todos os seguidores do Nazareno, desde o princípio do Evangelho, tinham como aspiração maior o retorno iminente de Jesus em glória para buscar sua Igreja. Não são poucos os discípulos de Jesus que já não aguardam seu retorno e nem se preocupam com esse assunto.
Não se ouve mais pregações sobre o arrebatamento da Igreja, mas Jesus prometeu e ele vai cumprir a sua promessa, ainda um poucochinho de tempo o que há de vir virá e não tardará.
Pr. Souza – Ministro do Evangelho
Assembléia de Deus – Ministério Missão – Goiânia-GO