A IGREJA FIEL

IGREJA FIEL

IGREJA FIEL

(Apocalipse 1.3) Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

Passados muitos anos da ascensão de Jesus, depois de muitas perseguições, mortes, silêncio, e quase a extinção, no século dezesseis o Espírito Santo desperta homens formidáveis para promover novo avivamento, trazendo a reforma protestante, levantando novamente a Igreja de Jesus Cristo. O tempo passa, a Igreja em sua luta e peregrinação, continua triunfante. Chega o século vinte, e agora a igreja enfrenta o chamado modernismo, século este em que houve o auge do pensamento modernista no mundo todo. As pessoas foram levadas a crer cegamente na ciência, na política, no nacionalismo. Parecia que o mundo estava em um avanço rumo a um futuro de paz e justiça, onde a ciência explicaria tudo e o homem se livraria de Deus. A Igreja vivendo um momento mais perigoso que as feras, os imperadores ou os papas. A perseguição agora é sutil, velada, espiritual.

Novamente o Espírito Santo desperta homens formidáveis, a exemplo de William J. Seymour, pregador batista, negro, homem de oração, que incentivava o batismo com o Espírito Santo. A Igreja se levanta para lutar contra as influências nocivas do modernismo, pregando um Evangelho transformador, anunciando que JESUS SALVA, CURA, BATIZA COM O ESPIRITO SANTO e BREVE VOLTARÁ.

Hoje vivemos o raiar do século vinte e um. Temos liberdade de expressão, um número expressivo de “evangélicos”, templos suntuosos, apóstolos, bispos, etc. Já não se prega mais contra o modernismo, mesmo porque este já não existe, mas vivemos uma nova fase, o Pós Modernismo. Em nossa época observamos a igreja de alguma maneira em declínio sob o feitiço das normas culturais que o próprio liberalismo do presente século gerou. Não se consegue identificar a Igreja fiel. Onde estão os crentes protestantes? Parece que acostumamos a conviver com o sistema mundano. Já não nos incomoda mais pecados antes considerados inadmissíveis na igreja, tais como a mentira, o adultério, o falar mal do outro, as vestes indecentes, as chocarrices, a fornicação. O sermão sobre o inferno está em extinção. Teólogos liberais vêem a doutrina do inferno como sendo grosseira e insensível bem como moralmente repugnante.

A verdade está sendo abandonada. A verdade sem rodeios, nua e crua tem sido evitada nos púlpitos de nossas igrejas. Deixamos que o mundanismo moldasse a vida de muitos cristãos e não nos importamos com isso. Deixamos de anunciar a segunda vinda de Cristo. Arrebatamento virou somente um tema de congressos e deixou de ser uma doutrina necessária para nossas vidas. A pregação doutrinária hoje é diluída e superficial. Não está na moda pregar contra o pecado, não dá “ibope” nem atrai fiéis e desestimula a contribuição de ofertas e dízimos.

Vivemos dias de pregadores “estrelas” que não sabem o que é vida de piedade. Somos egoístas, não compartilhamos nossos bens com os pobres, não nos preocupamos com os que são de menos estima, mas queremos estar do lado dos “poderosos” para que sejamos vistos e aplaudidos pela maioria. Querem nos fazer acreditar que os números, o dinheiro e os edifícios são os únicos objetivos que têm importância. O Evangelho genuíno foi deixado de lado para a ministração de um evangelho falsificado.

Muitas igrejas se tornaram humanistas, hedonistas e secularizadas. Não se prega mais a verdade absoluta da Palavra de Deus, mas um evangelho relativizado, onde se ensina a viver o “politicamente correto”. Os profetas da prosperidade tem liberdade para ir, vir e solapar a suada oferta do pobre, do órfão e da viúva, prometendo em suas pregações uma recompensa utópica, terrena, descompromissada com a vontade de Deus.

Culto se tornou motivo de busca de felicidade e não da comunhão com Deus. A glória é só para homens. A pregação deu lugar para o entretenimento, louvorzão, coreografias, boates gospel, etc.

Mas a Igreja Fiel continua firme, aguardando com paciência, com lâmpada acesa, azeite na botija, esperando o clamor da meia-noite: AÍ VEM O NOIVO. Chegará o dia em que o Espírito Santo vai novamente levantar homens, mulheres, crianças e jovens formidáveis, mas agora não para lutar contra feras, sistemas políticos ou religiosos ou espirituais, mas para ir ao encontro do Noivo. A Igreja Fiel não suporta mais ficar na terra, seu objetivo é o céu. A Igreja Fiel geme, chora, ora e clama: ORA VEM SENHOR JESUS.

DISSE JESUS: Sê fiel até a morte...

 

Pr. Souza – Ministro do Evangelho

Assembléia de Deus – Ministério Missão – Goiânia/GO